16/01/2018

Então, sobre aquilo, e só porque sim

Crianças malcriadas existem e sempre existiram, assim como mães sem peva de talento para o serem; 
De gente que tem filhos e depois se arrepende, está o Mundo cheio. Ainda há muito quem pense que é só fazer e depois logo se vê. Não duvido nada que haveria quem, se pudesse, atiraria a criança de volta para dentro da maternidade, ou lá de onde é que elas vêm (como aquele homem fez ao cão); 
Se há alguém que, aos sete anos de uma filha, lhe perdeu o "controlo" (seja lá o que isso for), imagine-se aos dezassete. A má notícia é que tende a piorar;
Há uma linha que separa o normal do anormal, hélas. Aqueles níveis de selvajaria não são coisa para ser lidada por uma psicóloga. Existe um ramo da Medicina, que é a Psiquiatria, que dá respostas capazes a pessoas assim. Ambas, mãe e filha, já de colete de forças;
O pai da criança, que já deve ter-se autovasectomizado com uma lâmina romba e ferrugenta, tem lá no filmeco material suficiente para, em querendo, requerer a guarda exclusiva e definitiva da selvagem filha;
Se eu fosse aquela filha, apresentava uma queixa por violência doméstica contra o pastelão da mãe;
Se eu fosse aquela mãe, apresentava uma queixa por violência doméstica contra aquilo que lhe saiu na rifa quando chamou a cegonha.

Estou a brincar. Ainda por cima, com coisas sérias. 
Não, mandava aquela mãe a uma visita guiada a Alcoitão.
Tenham juízo.

11 comentários:

  1. Anónimo16/1/18

    eu não vi, pois já conhecia o formato a nível internacional , num canal que só transmite lixo, o TLC, vi há uns anos e achei deplorável. este, se segui os mesmo trâmites há de ter sido. isto da educação está por um fio, eduquem os pais ( há por ai uma geração transtornada - incompetentes a todos os níveis sempre houve- que precisa de orientação, alguém que lhes diga que que proibir não é proibido (a geração de 68 já lá vai e percebeu-o, tarde, mas percebeu,), por isso dizer não, dá trabalho, dar atenção é extenunate, criar um filho é uma tarefa difícil. cabe-nos começar a pensar se este modelo exaurido de trabalharmos horas infindáveis com pouco tempo para as pessoas que precisam de nós, não vai ter de mudar. o problema é o dinheiro, faz falta, e de resto, cada vez queremos mais coisa que só o dinheiro pode dar, é um ciclo infernal, o assunto não se esgota aqui, eu é que preciso de me ir deitar que amanhã é dia de trabalho e se vou rabugenta, faço birra, e tenho lá uma psicóloga que me pode mandar às urtigas com uma boa palmada no rabo, sei lá. às tantas.
    beijinhos,
    Mia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O TLC continua a ser o meu desopilanço, o meu guilty pleasure. Por acaso, nunca vi aquele programa, nem agora vi, a não ser a apresentação dele quando se falou nisso na blogosfera e os posts que se escreveram acerca. Não há filhos perfeitos, assim como não há país infalíveis, há é pessoas, e algumas muito desorientadas. Também não há receitas, um berro ou uma palmada têm um momento correcto, mas fazer deles a rotina é sempre o descalabro. Eu não fui uma filha perfeita e só percebi isso quando já era mãe. Também não sou uma mãe perfeita, mas adoro os meus filhos, e esse pode ser um bom princípio. E costumo dizer que educar foi de longe a tarefa mais difícil a que me propus na vida. Às vezes só me apetece ser avó deles e deseducá-los com mimos inúteis. Também me perco, também me desoriento.
      Beijinhos, Mia. Obrigada.

      Eliminar
  2. Talvez as haja, as "supernannys", é tão fácil fazer juízos de valor sobre a vida dos outros, apontar erros defeitos e teorias que funcionam só porque sim. Já super-mães tenho as minhas dúvidas, aliás, sérias dúvidas porque não há ninguém que possa afirmar com convicção "eu fiz tudo bem, o problema é que saem ao pai (tia, avó, sobrinho...)".
    O que eu não tenho dúvida nenhuma é que há por aí muita gente chalupa, a precisar de sério aconselhamento (ou internamento) psiquiátrico. Mas se vende.... está tudo bem!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tal e qual, Be. Cada casa é uma casa. A mim chocou-me que uma só criança, num lar onde há, pelo menos, dois adultos (mãe e avó) disponíveis, se encontre aquele caos. Que seria se fossem mais crianças, se não houvesse tempo para elas, se houvesse alguém com um problema sério de saúde em casa? E há tantas casas assim, e não é necessariamente nessas que existem os maiores problemas comportamentais.
      A grande prova de fogo, que é a adolescência, ainda está para vir, para a grande maioria das pessoas que vertem opiniões como se lhes pagassem para isso. É deixá-los pousar. Olha, as teorias morrem todas...
      :)

      Eliminar
  3. Anónimo17/1/18

    Olá Azulinha. Tive que ir ver... Já não podia com tantas opiniões e tantos mimis que não resisti.... Até meio do programa, até onde começou a vontade de distribuir lambada á mãe, á filha á avó..... Enfim....Para mim ser mãe é ter muito "jogo de cintura" tentar não repetir alguns erros, conseguir "levar a água até ao meu moinho" tentar fazer o melhor que posso e consigo.... É tudo isto, juntando o respeito,e saber ouvir, sempre!
    Beijinhos Azulinha 🌸

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Miss, só hoje "apanhei" o teu comentário, e porque fui ao blogger. Sorry pela demora.
      Como já disse, eu só vi mesmo a apresentação da coisa. Por falta de tempo e paciência, e também de interesse.
      Não é fácil educar, não é fácil dizer não, não é fácil equacionar prós e contras. É preciso isso tudo que dizes, é preciso muita coisa que muitas vezes nos falha, mas o importante é isso mesmo: ter sempre o colo disponível, independentemente da idade deles. O resto vem, umas vezes melhor, outras menos bem :)
      Beijinhos 🌸

      Eliminar
  4. Que figura !
    Ontem nem percebi do que falavam.
    Não vi o programa e hoje ( após ter lido comentários ) tive curiosidade e consegui ver 5 minutos.Depois parei. Uma tristeza . Resumindo : uma criança entregue a uma mãe doente mental. Uma avó ...para esquecer. Pobre criança.
    Para rematar ,aparece uma psicóloga / até fui ver o curriculum ,que devia ter vergonha na cara.( como se a educação / hábitos de uma criança se resumissem a um conjunto de regras básicas ) que possam ser transmitidos ,por uma pseudo psicóloga num programa de 40 minutos.
    Uma SIC que ... mais parece o C M TV.
    Muito bem a proibição deste nojo . Li agora, que a mãe recebeu 1000 euro pela exposição do " caso ".
    Pobres de todos nós.
    Muito triste , mesmo muito triste .

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Já eu, boto faladura sem ter visto mais do que um trailer, e sem som. Também chegou.
      Mas de um país onde o jornal mais lido é o CM, o que é que se espera?

      Eliminar
    2. Já eu, boto daladura sem ter visto mais do que um trailer, e sem som. Também chegou.
      Mas de um país onde o jornal mais lido é o CM, o que é que se espera?

      Eliminar