11/03/2016

O meu poema concorrente — sem correntes

Foi com esta pérola da poesia contemporânea, livre do agrilhoamento da rima, da métrica e da fita métrica, que concorri ao palmarés da melhor poetisa da blogobola. Há em mim uma Espanca (ai, bruta), uma Natália, uma Maria Amália (nisto, já eu rimo, sou tão irreverente).
Estou, oficialmente, em campanha. Entrei no vale tudo, até tirar olhos (tipo globos oculares). Eu quero ganhar o prémio que a grande mestra reservou, seja lá ele qual for. (Por que é que algo me diz que me vou arrepender tanto destas singelas palavras?)

E com esta vos deixo, embora não possa prometer que por muito tempo. Linkei apenas umas referências, para vos facilitar a percepção, em plenitude, da profundidade da minha ode. De resto, foi isto:

Ó pá.
Uma poesia sobre as estações do ano, quais Vivaldi? Logo a mim, que não tenho queda nem inclinação para a poesia, vai tudo a trambolhão. Nem tenho veia, que mais parece uma variz. Nem jeito, que só trejeito, pareço uma flausina.
Eu gosto é do Verão, de passear de calças na mão (ai é de prancha? Olha, mas agora fica. É mais consentâneo com a conjuntura actual).
E os passarinhos fazem os ninhos na Primavera. E os pólenes, que nos fazem os ninhos atrás das orelhas, e no meio dos pêlos das fossas ao nível nasal.
E o Inverno, que inferno, a chuva na areia, Guida, agarra o Verão, Guida agarra o biquíni, pego no meu biquíni, dou casota ao meu mini e corro p'rá Marginal direita ao sol, bombom, sou para ti como um bombom.
Falta-me falar do Outono, essa estação-apeadeiro da vida que é a última (alguém já ouviu falar do Inverno da vida? Não, pois não? É porque não há), caem as folhas e estreiam-se as A 4, tanta árvore abatida, tanta pomba assassinada.
Não pus as estações por ordem, porque não a sei. Ordenem vocês, que o povo é quem mais ordenha

Ide lá colocar o visto onde está escrito Linda Blue, ide.
Cá beijinho.

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