03/04/2015

And that awkward moment # 4

em que chegas ao carro e tens um papelinho no vidro e, como temes que se trate de mais uma multa - que sabes não merecer, mas a polícia existe e é pelo mal - ou então do Professor Karamba, a querer tratar-te do mau olhado, da impotência sexual e de outras afecções que possas ter na próstata, não o recolhes, deixa-lo uma noite inteirinha a marinar no pára-brisas, resolves só olhá-lo intensamente pela manhã sinto a vontade de cantar, acordo a voz, agarro a música no ar, ai desculpem, isto era de outro alinhamento, e deparas-te com isto:


Contornas o boi, voltas a contornar (desta feita, em sentido contrário, que é para não enjoares), e nada de mossas (novas, que as antigas estão lá todas. Já adquiri o boi com elas, para que não houvesse cá mimimis que eu é que bato e raspo, que não: sou fêmea de muito esfrega-esfrega cá com os meus, mas lá com o boi, sou praticamente uma santa), nada de riscos, sequer um farolim arrebentado, arre gaita, tu queres ver que isto é uma nova forma de conexão, que algumas pessoas passaram a praticar para com as outras?

Ou então, trata-se de um senhor inseguro, que me tocou no boi suavemente e quer logo penitenciar-se violentamente. Deve ser da quaresma, fez-lhe aquele mal.

Há um bom par de anos, esborrachei o retrovisor a um carro que estava estacionado e também deixei papelinho. Só vos digo que passei a receber sms do jovem a quem fiz o estrago, em todas as épocas festivas. A minha vida é uma sitcom.



2 comentários:

  1. Ainda há gente boa a desejar as boas festas :D

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    1. É o que eu acho que acontece a gente boa, quando encontra gente boa: desejam-se boas festas :D

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