11/07/2013

Armada em piça

que tudo o que vê cobiça, fui à FNAC. Mesmo antes de começar a ler os "Chouriços" do Ricardo Adolfo, achei importante ir-me abastecendo de mais um livro dele. Espero não estar a cometer o erro que cometi com a Laura Esquível. Nem me quero lembrar disso. Adorei "Como água para chocolate", gostei tão pouco de "Malinche" que deixei a meio, adorei "Tão veloz como o desejo", prefiro não falar de "A lei do amor". Porra. Ainda estou a ressacar.

Já começa a fazer parte dos meus diálogos na FNAC:

LP - O que é que aí tem do Ricardo Adolfo?

Menina dirige-me para a estante e mostra. "Mizé - Antes galdéria do que normal e remediada", "Os chouriços são todos para assar" e "Maria dos canos serrados". 

Aqui a parva - "Os chouriços" já tenho. Ainda não li (damn it, woman, why are you answering to a question that no one asked you?), mas já tenho. Levo a "Mizé". Também não posso levar a "Maria" porque já li (felizinha de poder dizer que já li um livro, ninguém se oferece para me apedrejar?). Deve ter sido o livro da minha vida.

Menina, a escancarar a boca - Ai sim?

LP, a escancarar os olhos - Sim!

Menina, um bocado a cair em desgraça - Olhe, é muito bom que mantenha essa abertura em relação a um autor contemporâneo (penso que a menina me estava a chamar pessoa de idade, que é o que eu sou).

LP - Porquê? Por causa dos palavrões? Acho-os tão bem encaixados no texto que, se não estivessem lá, faziam  lá falta...

Depois fui pagar. Não aguento por muitos segundos seguidos uma discussão de nível tão alto, intelectualmente falando.


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