20/07/2013

Areia inquinada nos olhos

O partido que esteve no poder antes deste que lá está agora defende uma reforma do Estado que garanta a sustentabilidade das suas funções - leia-se as funções do Estado. Hasteou a bandeira do fim dos cortes de milhões de euros e o fim dos despedimentos na função pública, como música para os ouvidos de 18% da população activa, já não contando com as respectivas famílias. Quererá só angariar votos? Estará no seu perfeito juízo quando admite ser possível não fazer cortes? Cortando aonde, em alternativa? Na Troika? No Euro? E será que o povo recebe esta areia nos olhos e vai a correr votar outra vez, como tem feito, alternadamente, nos últimos 20 ou 25 anos, entre este partido e o que lá está agora? Estarão a prometer fazer neste momento o que não fizeram há dois anos atrás, quando detinham o poder e já nós estávamos metidos neste belo caiaque, a ver a porra cascata logo ali à frente? Enquanto isso, os betos defendem que os que lá estão é que estão bem. Pudera, foram os únicos que, historicamente, algum dia fizeram alianças com eles!

Solenemente, declaro que não voto em nenhum destes. Já todos deram mostras, nos últimos muitos anos do que (não) são capazes. Venham outros. Até os anarquistas me servem melhor, neste momento.

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